O Meu Outro Eu Esteve A Dançar

segunda-feira, março 30, 2009

MAMI DESCOBRI









sexta-feira, março 27, 2009

terça-feira, março 24, 2009





QUE DIA, Ó MUNDO!










Aleksandra Mir

quinta-feira, março 19, 2009

o barulho vem de trás
o barulho vem de trás
põe os olhos no oráculo
heroína não te deixes
ir atrás
não
te
deixes
ir
a
trás
não te deixes ir
mas traz
porque é de lá que vem
é de lá que vem
aquele
marulho
a
zul

terça-feira, março 10, 2009

100 METROS DE EXISTÊNCIA

segunda-feira, março 09, 2009

ELE QUER UMA MIÚDA EXÓTICA

Ele quer uma miúda exótica
com o cabelo à garçon,
três argolas à esquerda
e uma história lixada.
Ele quer uma ilusão óptica
daquelas que o baralhem,
uma distorção abstracta
numa ideia mal penteada.
Ele quer ser enganado
ou virado do avesso
por uma t-shirt psicadélica
arranjada a pouco preço.
Ele troca a noite pelo dia
se ela as trouxer calçadas:
umas botas de artilharia
cuidadosamente desapertadas.

Lábios secos.
Unhas descascadas.

O disparate.
Ele quer.
Toda a que não possa
pisar

o tapete da sala de jantar.
Toda a que não seja
oportuna, sensata

ou conveniente.
Toda a que não se lembre
de dizer num novo olhar
(entre a sopa

e o prato quente)

- É contigo que eu quero ficar.
Para todo o sempre.







o bisavô coleccionou. a bisneta postou.

sábado, março 07, 2009

INESPERADO!


capa: Pilar Saldanha
!!!

quinta-feira, março 05, 2009

BREVE

Bom, diz ele,
dia!, diz ela.

Vamos?, diz ele,
Não!, diz ela.

Que há?, diz ele,
Nada!, diz ela.

Então, diz ele,
adeus!, diz ela.



Alexandre O'neill

terça-feira, março 03, 2009

VOCÊS JÁ SABÃO?

Fui encontrar, na garagem de um sujeito que tinha todo o ar de responsável (mas a responsabilidade tem ar?) um alguidar (!) a transbordar de gasolina. É uma linda esperteza, não acham? Dizem-me que as casas vendedoras de artigos de plástico têm feito, nesta relativa seca, um negócio de mão cheia. Até uma senhora minha conhecida está a constituir uma provisão de vaselina, que é um derivado do petróleo, como sabem. Os homens dos postos de de abastecimento de gasolina têm-me contado estórias de pasmar. Sujeitos que se abastecem e voltam à bicha para se reabastecerem; gorjetas que trepam aos cinquenta e cem escudos para comprar a «cegueira» dos empregados abastecedores, etc. Agora, parece, começou a tocar a vez aos sabões e sabonetes.


Onde iremos parar com este desandar?


Ao racionamento, está-se mesmo a ver. À redescoberta do piquenique no Monsanto. Aos acompanhamentos a pé do enterro desse morto que se chama Domingo (crianças saltitando à frente, pais bolinando atrás). Aos fogões de serradura, como no tempo da guerra. Ao mercado negro, claro. E também à praia de Algés.


Eu, por mim, já tenho planos de emergência. Retomo o eléctrico e a gáspea, o bagaço e a feijoada, o cobertor de papa pelos ombros e a leitura do Play Boy.


Faz-me é uma cívica tristeza saber que aqui ao meu lado comem e bebem do super e continuam a lavar-se com sabonetes finos todos os dias.


Mas espero, talvez com mais optimismo do que eles, o meu próximo electrocardiograma...




Alexandre O'neill,
Já Cá Não Está Quem Falou

PASSO LENTO

domingo, março 01, 2009

PILAR SOFRE PORQUE QUER