sábado, janeiro 26, 2008
quinta-feira, janeiro 24, 2008
A ESTUDAR ÉTICA
“se a sociedade se basear apenas na repressão pelo não cumprimento das normas sociais, muito dificilmente poderemos acreditar na criação de uma sociedade justa, equilibrada, corajosa e reflexiva. Para que tal aconteça é indispensável que o homem sinta, por si mesmo (no seu carácter), a necessidade dessa justiça e equilíbrio”
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a bem ou a mal...
lembrei-me deste livro (de Anthony Burgess) que baseou o filme Laranja Mecânica
quarta-feira, janeiro 23, 2008
segunda-feira, janeiro 21, 2008
domingo, janeiro 20, 2008
quarta-feira, janeiro 16, 2008
terça-feira, janeiro 15, 2008
A TOCA DO ESCRITOR
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"Dai-nos, meu Deus, um pequeno absurdo quotidiano que seja, / que o absurdo, mesmo em curtas doses, / defende da melancolia e nós somos tão propensos a ela!"
domingo, janeiro 13, 2008
sexta-feira, janeiro 11, 2008
quinta-feira, janeiro 10, 2008
quarta-feira, janeiro 09, 2008
terça-feira, janeiro 08, 2008
sexta-feira, janeiro 04, 2008
2008
Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegrama?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegrama?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade